Por que os professores ganham pouco se é uma profissão tão essencial?

Por que os professores ganham pouco se é uma profissão tão essencial?
Os professores se orgulham da carreira que escolheram, mas ainda se sentem desvalorizados. Alguns motivos podem explicar esta desvalorização.
 
 
Bastou que a participante da edição do BBB, Naiara Azevedo, soltasse seu desabafo sobre a desvalorização dos professores para que se reascendesse novamente o debate sob o quanto o profissional da educação, tão necessário, é ainda tão desvalorizado. 
A cantora obteve a atenção das redes ao questionar: "O professor forma o doutor. Por que o doutor ganha mais que o professor? Não faz sentido”. A conversa se deu início pelo fato de Jessilane, de 26 anos, ser professora de biologia e contar um pouco sobre sua profissão.
Afirmou ela: “Um juiz, um advogado, pessoas que têm cargos públicos, pessoas que ganham muito assim… [os professores] merecem o mesmo, com certeza merecem. Até mais”. Em seguida, a docente completou: “É sensacional [ser professora]”.
De fato, todos nós concordamos que os professores merecem ser melhor renumerados. O cansaço mental resultante do preparo de aulas, lançamento de notas, elaboração e correção de provas, reuniões, palestras e projetos exige deste profissional um reconhecimento ímpar. Além de ter que lidar com a indisciplina de muitos alunos e a falta de correção dos pais para com os mesmos, acaba sobrando para o professor a tarefa de além de transmitir conhecimento, também transmitir valores e regras de convívio, o que torna o trabalho muito mais duro e desafiador. 
De acordo com estudo, o salário-base do professor da rede pública do Estado de São Paulo deveria ser de R$ 3,6 mil reais, segundo o reajuste feito em 2018. 
Mas por que os professores continuam ganhando pouco, dada a tamanha importância deste profissional que forma muitos outros profissionais, como o médico, o advogado...? 
Existem alguns fatores que explicam esta defasagem. Alguns deles podem não ser muito agradáveis para os próprios docentes: 
 
- Falta de projetos a longo prazo: 
Há muito tempo, faltam projetos concretos que visem modernizar o sistema de ensino e a metodologia de forma a acompanhar as mudanças da atualidade com o objetivo de fazer o aluno aprender de forma prática e com resultados satisfatórios em suas notas. Muitos projetos visam o imediatismo focando muitas vezes somente na aumento da pontuação do aluno, visando como principal fim a sua aprovação e a conquista do diploma. 
A nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) permaneceu com o currículo centralizado e o Novo Ensino Médio terá dificuldades para se concretizar na prática devido à falta de estrutura nas escolas que permitam ao aluno se aprofundar naqueles conhecimentos com os quais ele tem mais afinidade.
Estes fatores acabam minando o trabalho dos professores, exigindo pouco dos mesmos, que acabam estes por sua vez, ficando limitados apenas às atividades de classe e extra-classe já existentes. 
A pouca exigência nas intituições e a falta de estrutura para ensinar acaba desvalorizando o trabalho do professor aos olhos dos alunos, dos pais e dos próprios professores.
 
 
- Falta de investimento no Ensino Básico
A defasagem da educação não está só no salário do professor, mas também nas escolas de Ensino Fundamental e Médio, chamadas de Ensino Básico. Muitas escolas sequer possuem salas de informática, quanto mais laboratórios, salas de vídeo e bibliotecas. Muitas escolas precisam improvisar espaços para aulas de ciências, saraus literários, palestras e feiras. Para usarem computadores, alunos e professores muitas vezes precisam se deslocar para outros lugares fora das escolas. E para quem pensa que isso não intefere no aprendizagem, basta acompanhar a rotina para comprovar que a ausência de tantos meios consome tempo, energia e contribui para um estresse generalizado em alunos, professores e pais. 
Se falta para a escola, obviamente falta para o professor e isso se deve ao descaso das autoridades com a área, o que mantém nosso país nos mais baixos rankings de avaliação. 
 
 
- É exigido pouco da escola
Este talvez seja o fator de maior afronta ao profissional da educação, mas só aparentemente. Se trata mais de um alerta do que um discurso moralista. Muitos professores deixaram de se ver como agentes transformadores da sociedade, enxergando-se mais apenas como um funcionário do governo com trabalho operário. O professor se compara mais com um empregado do que como uma autoridade merecedora de respeito e acaba, sugado pela rotina e pelas múltiplas tarefas burocráticas, levando esta visão deturpada decorrente de baixa autoestima para seu trabalho em sala de aula. 
Isso acaba resultando em uma classe que acaba tendo que lutar por direitos básicos como melhores salários, deixando para trás pautas que realmente importam, como melhores condições para ensinar, maiores investimentos em educação e mais respeito e reconhecimento.
Felizmente, os professores estão lutando bem mais por seus direitos e pais e alunos estão sabendo enxergar a tamanha importância deste profissional em suas vidas e isso representa o começo de uma mudança permanente que pode desenvolver definitivamente nosso país.   
 
De Ramon Ribeiro
Professor de Letras - Português e Inglês 
E em Breve, com a Benção de Deus, Professor de História

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