Muitas vezes, usamos a palavra "estranho" para indentificar uma pessoa a qual nós não temos muita afinidade ou que não conseguimos entender, sem ao menos procurar realmente qual é o seu verdadeiro significado, afinal, existem as pessoas normais e as pessoas anormais, as que podemos chamar de gênias e outras, por sua vez, infantis? As bonitas e as feias?
Essa questão já foi estudada há muitos e muitos séculos por nossos filósofos e sociólogos em busca de uma resposta concreta para a sociedade, afim de aliviar a dor de todas as classes sociais, as etnias, os sexos e as religiões. É natural do ser humano julgar qualquer pessoa que ele vê na sua frente ou que cruza o seu caminho, trata-se de uma questão de interpretação que todos nós, homens e mulheres, adquirimos, para poder estabelecer em nossa vida a questão do livre arbítrio, que está acompanhada da responsabilidade de todos os nossos atos, e que define com quem a gente quer ter amizades, com quem queremos conversar, estudar, namorar, enfim, tudo que está inserido em nossos afazeres.
Pelo simples fato de julgarmos uma pessoa apenas pela sua opinião, já faz uma grande diferença sobre como sobreviver na sociedade do século XXI.
Todos nós temos nosso lugar na sociedade, o que realmente interfere o nosso convívio social é a não-aceitação das diferenças que muitas vezes está ligado ao complexo de inferioridade. Todos nós somos diferentes, ninguém neste mundo é igual ao outro, prova viva são nossas impressões digitais, mas cometemos dois grandes erros que impedem nosso auto-conhecimento, e esses erros precisam ser trabalhados para serem corrigidos: conhcemos muitas pessoas, e sobre essas pessoas montamos duas listas, a lista da admiração e a lista do desprezo. Na lista da admiração estão todas as pessoas a qual gostaríamos de nos igualar, assim quando perdemos o contato permanente com essas pessoas sem antes não ficarmos independentes da personalidade delas, ficamos sem rumo para nos conhecer, e andamos pelas ruas, sempre observando os outros como seres que estão sempre bem, ao contrário do que você acha sobre si mesmo.
Na lista do desprezo, a explicação é mais simples, temos um enorme sentimento de preconceito contra aquele que não admiramos e que não queremos de jeito nenhum nos igualar, os motivos das desavenças podem ser muitos, mas a solução não é ir nem para um lado nem para o outro.
A palavra " estranho " é muito relativa, pois depende muito da cultura e dos costumes a que você vai se referir, um exemplo disso, é uma garota vinda do Brasil com trajes de verão em um país muçulmano, ela será classificada como um ser estranho naquela terra, e vice-versa, um muçulmano na praia.
Ser estranho parte do pensamento e da mentalidade das pessoas, muitas pessoas pensam nessa palavra mas não sabem como distinquí-la, pois todo mundo usa a palavra "estranho" para indentificar a outra pessoa e nunca ele mesmo.
No fim, se você também é assim, parabéns, você é absolutamente normal, e sabe enxergar a sociedade como todo mundo.
Sempre vão existir pessoas que te coloquem na lista negra, que te achem incapaz e que te achem insignificante, ao mesmo tempo que sempre terão pessoas que te acham capaz, inteligente, quem sabe até um gênio(a), e super importante para o mundo.
Nas nossas vidas, vão existir muitos pensamentos alheios, mas o que realmente vai importar para você é o seu pensamento, pois quem mora em seu corpo é você e mais ninguém!
Vista-se como você se sente melhor, coma o que te fará melhor, leia o que te interessa, converse, namore, seja você!
Afinal, a maior sabedoria do ser humano é conhecer-se a si mesmo!
Texto: Ramon Ribeiro
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